O implante contraceptivo é um método de contracepção reversível de longa duração, um tubinho de plástico de 4 cm de comprimento e 2mm de diâmetro que é inserido no braço, logo abaixo da pele, sendo uma forma muito eficaz e conveniente de prevenir gestação. Há apenas um tipo de implante contraceptivo disponível no Brasil, chamado Implanon.
Como funciona o implante contraceptivo?
O implante libera continuamente pequenas quantidades de etonogestrel (um tipo de progestagênio) em seu corpo ao longo de 3 anos, alguns estudos demonstram que seu efeito contraceptivo pode durar até 5 anos.
Este hormônio evita que a ovulação ocorra e engrossa o muco na entrada do colo do útero para que dificulte a passagem dos espermatozoides, evitando que ocorra uma gestação.
Como ele é inserido?
Primeiro é usado um anestésico local para que você não sinta dor. Depois, o Implanon é inserido sob a pele na face interna do braço. Você pode sentir o implante sob a pele, mas geralmente não consegue vê-lo.
Para sua remoção, um anestésico local também é usado e, em seguida, um diminuto corte é feito na pele para remover o implante.
Quão bem funciona o implante contraceptivo?
O implante contraceptivo tem a melhor eficácia de todos os métodos existentes atualmente, sendo de 0,05% ao ano, ou seja, a cada 10.000 mulheres que fazem uso do método, 5 terão uma gestação não planejada, eficácia maior até que os métodos cirúrgicos.
O implante contraceptivo não o protegerá de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), apenas preservativos podem fazer isso.
Quais as vantagens?
• Método contraceptivo mais eficaz existente atualmente;
• Uma vez retirado, a fertilidade retorna rapidamente;
• Não há necessidade de tomar pílulas ou injeções;
• È seguro para uso pela maioria das mulheres, inclusive durante a amamentação;
• Dura 3 anos, mas pode ser removido antes;
• Pode reduzir as cólicas e demais sintomas pré-menstruais.
Quais são os possíveis efeitos colaterais?
O principal efeito colateral em usuárias de Implanon é irregularidade menstrual. Cerca de 22-40% das mulheres que usam o implante entram em amenorreia, ou seja, param de menstruar durante o uso, em média 20% mantém sangramento regular mensalmente e 30-40% podem ter sangramento/escapes de forma irregular, o que tende a melhorar após 3-6 meses de uso.
Algumas pacientes podem sentir dor de cabeça, principalmente nas primeiras 6 semanas de uso.
Reações locais como eritema ou pequeno hematoma na região inserida também podem acontecer.
Quem não pode usar?
O implante contraceptivo é contraindicado nas seguintes situações:
• Câncer de mama atual;
• Gestação;
• Distúrbio tromboembólico venoso e/ou arterial atual;
• Presença ou histórico de doença hepática grave;
• Tumores dependentes de progestagênio;
• Sangramento vaginal não diagnosticado.